terça-feira, 26 de abril de 2011

Internet na escola


2. Qual é o papel da internet na Escola?

                A Escola tem a necessidade de inserir-se na realidade dos alunos e da sociedade atual, derrubando muros que a separam da conexão com o mundo.
                A internet deverá vir como uma colaborada e jamais como uma substituta do professor. A sua presença na Escola fará com que o Professor desafie e mude sua forma de ministrar suas aulas. Ainda mais a partir de então, a ideia de troca, de harmonia e aprendizagem mútua deverá ser absorvida.
                No processo de colaboração on-line, o diálogo é fundamental uma vez que se processará os conteúdos necessários e indispensáveis ao desenvolvimento da caminhada do grupo e individualmente. Apropriar-se de várias formas de informações e saber filtrá-las, assim como, assimilá-las será um desafio dessa inserção.
                A Escola, através de seus gestores e professores, portanto, deverá estar preparada, com conhecimento adquirido através de cursos, leituras e experimentações do que tange ao uso da internet como instrumento de aprendizagem.
 


3. Que forma a internet pode servir como mediadora para que o professor atinja novas formas de pensar e aprender?
                Em princípio como algo de desacomodação. É algo novo, que necessita investigar, conhecer e experimentar. Não haverá gosto e nem domínio se ele, o professor, não fizer uso diário e não procurar aprimorar-se nesse recurso.
                Com o uso da internet, seus objetivos deverão ser reformulados, as fontes de pesquisas renovadas e uma nova forma de pensar certamente fará parte da vida desse professor-desafiador e atualizado.
                Verdades absolutas não há como trazer, já que é um processo a ser construído, e com o auxílio dos colegas, dos próprios alunos (filhos da tecnologia) muito deverá ser sentido e experimentado.
                Portanto, fazer uso e não temer, muitos menos ignorar essa tecnologia será o desafio desse professor, que busca, é audacioso e que vá a orientar o seu aluno sobre os benefícios e riscos da internet.

4. De que forma a internet pode colaborar para que reiventemos a nossa profissão e nosso papel como educadores?
               
                Pode nos colocar num mundo com informações atualizadas, precisas e mais reais, concretas. Não há como não sentir a necessidade de buscar estar ciente de tudo o que passa. É semelhante, quando descrevemos o que é literatura: é estar inseridos em um mundo social, histórico, social, analítico, político, ou seja, num contexto vivo.
                Dessa forma, pode-se perceber a internet, uma contextualização ampla, pronta a ser explorada, mas também, aberta a ser criada e recriada. Onde a oferta é tão grande quanto o desejo de fazer parte dela oferecendo textos, estudos e conclusões.
                Portanto, não há como dizer que ela fará parte, ela já faz parte senão diretamente, indiretamente no nosso trabalho. O que nos falta é levá-la para sala de aula, onde possamos em colaboração com nossos alunos explorá-la, recriá-la.

Como era o mundo antes da internet

 Querido Pai

                Oi, meu querido pai, como está? Aqui estou bem, um pouco ansiosa e com saudade já que faz tanto tempo que não nos vemos!
                Muito tem acontecido por aqui, desde a última vez que estivemos juntos. Hoje, inclusive, andei relendo suas cartas e lembrei-me do quanto tínhamos como hábito nos correspondermos. Lamentei.
                Sabe, meu amigão, as coisas evoluíram muito. Posso falar e ainda ver as pessoas pelo computador, bom, creio que o senhor não saiba o que é um computador. Vou tentar lhe explicar: é um objeto não muito grande, mas já foi enorme, mas acontece que a cada ano a tecnologia está mais avançada e está se tornando cada vez mais minúsculo, leve e eficiente. Bom, é algo que se assemelha a um televisor. Nele podemos escrever, como uma máquina de escrever, tipo aquela Olivetti que o senhor me deu para aprender a ser uma boa datilógrafa, já que os meus dedos longos e compridos deveriam ter alguma habilidade específica, além de apontar e depois, brigar com o mano.
                Esse computador, que à vezes chamamos de PC ou Note, alcunhas simples e práticas, serve como já disse, para digitar, é assim que chamamos hoje o mesmo processo de datilografar, e também, para nos conectarmos ao mundo. Isso mesmo, conectar, se ligar, interagir com o mundo todo. É pai, sem sair de casa. Claro que isso tem alguns custos, mas funciona como uma televisão, não há como lhe explicar de que forma, mas lhe garanto que consigo entrar nos museus e bibliotecas, como de nosso gosto – que parceria saudosa! Pois é, pai, posso pesquisar e ainda ter acesso às obras literárias. Como também, posso comprar o que quiser. Tudo está lá disponível ao que chamamos de internet.
                Mas como você mesmo dizia, “cuidado com o que é fácil demais”, há alguns perigos, como sites que mostram o que não precisamos ver, afinal pensamento limpo= boas condutas , era assim, não é? Pois bem, além dos sites que são como salas,  temos acesso aos meios de comunicação como MSN, Orkut, Chats, Facebook e outros. Posso falar com as nossas meninas e vê-las através desses recursos. É muito bom, pena que não existia isso quando morava com a Elsa, não precisaríamos ficar tanto tempo sem nos vermos. Porém, paizinho, o senhor que escrevia bem iria ficar louco com o que chamamos de internetês, uma linguagem criada pelos jovens, não só por eles, mas utilizada por muitos que usam a internet como forma de comunicação. Eu não gosto é tal “naum” para não “eh” para é... . Tenho certeza de que o senhor também não aprovaria, já que como dizia “a nossa língua é cheiinha de palavras e temos que usá-las”, agora tudo se abrevia.
                Pai, acho que muitas coisas foram facilitadas com a internet, mas muito também se perdeu. Muitas coisas ruins aconteceram depois dessa facilidade. Lembro das nossas competições de piadas atrás do fogão a lenha, hoje, nem mais fogão a lenha tenho. E dos nossos passeios na casa dos tios, ou ainda, dos jantares em nossa casa onde reuníamos toda a família. É, hoje Páscoa, estou sozinha. Já falei com todos pelo MSN. A Laura e o Murilo estão com o pai, que marcaram através de mensagens um passeio do qual não fiz parte da negociação. E mais triste, na minha casa cada um tem o seu PC, até o pequeno sabe manusear, mas não sei não, pai, não consigo manter-me unida a minha família. Acho que não nos preparamos para tal desenvolvimento tecnológico. E luto, diariamente, para ainda falarmos olhando um para o outro sem utilizarmos o PC, talvez isso esteja acontecendo porque a dureza de encararmos e vermos que deixamos a praticidade tomar conta de tudo nos fez fúteis e superficiais.
                Nostalgia, talvez esse rumo essa minha cartinha esteja tomando. Mas quero aproveitar para dizer que mesmo num mundo de facilidades quero manter os valores que você e a mãe nos ensinaram. Saudade! Saudade! Saudade!
                Pai, a minha cartinha se encerra com um beijo enorme, mas se por ventura os anjos e Deus instalarem um Centro de Processamento de Dados aí no céu, avise-me e passe o seu                 e-mail, mas gostaria de continuar a mandar-lhe as minhas cartinhas e reler as suas, que muito me consolam pela sua ausência.
             Com amor, admiração e saudade,


                                                          Sua filha Stela